quarta-feira, 12 de novembro de 2014

She

Foto by Google


Leia ao som de Rihanna ft. Mikky Ekko - "Stay"


E depois de tantos tropeços,
De tanto sentir o peso da alma,
aquietou o coração e caminhou pra longe.
Depois de tantos dias de frio,
de um mundo vazio,
aconchegou-se sobre suas próprias asas
e não sentia mais medo.
Apenas a brisa
que caía fina nos olhos.
Foi quando notou que o mundo lhe pertencia
E por isso voou cantando aquela canção.
Ela agora sabia o caminho,
sabia ouvir seu sentir
E então se foi,
Sem paradas cardíacas.
Sem sombras do passado.
Sem relógio no pulso.
Ela, com um sorriso no rosto, foi sobreviver.
E viver.
Foi ser fênix no mundo,
foi ser ela em plenitude,
Sem correntes.
ou sequer prisões.
Podia sentir o tom e o ritmo da liberdade,
e nada, absolutamente nada, poderia pará-la.
Ela ganhara a si mesma.
Seus sonhos agora ganhavam vida.
Seus passos já não se atrapalhavam.
E sua sorte mudara de rumo.
Ela queria o mundo.
E ele se abrira num delicioso abraço,
a convidando para dançar.
"Concede-me a honra?"
Por isso se foi.
Fugiu de si para reencontrar-se.
Sem começo, meio e fim.
Apenas ela
Na  mala, a bagagem de toda uma vida.
Nos sonhos, o caminho.
E nos olhos, a boa poesia que sempre guiara seu velho novo coração.


Beijo da Berga ;)

sábado, 16 de agosto de 2014

Vinte e Sete

Foto by Google

Leia ao som de Ed Sheeran - "All of the stars"


Esse é o número,
Meu número. E o seu?
Ora acho que serve pra ti como luva.
Ora penso que não tens nem metade dele.
Ora fica bem com quase o dobro...
Meu espírito jovem,
Ou sua alma velha?
Não me importo. Mentira, ainda não me acostumei.
Mas por que te incomoda tanto assim?
Juro que adoraria saber, mas não sei.
Devem ser suas neuras se impondo entre mim e você.
E assim levo, leve, livre e louca.
É estranho encontrar o seu "espelho",
Mas toda vez que olho pra ti entendo,
Me rendo,
Me vejo,
As vezes exatamente como sou, outras do avesso,
"Dois bicudos",
Porém gentis e poéticos,
Diferentes aqui ou ali,
Mas extremamente iguais.
A ponto de me assustar.
Como tu já o fizeste… uma, duas, vinte vezes.
Iguais.
Na essência, nas razões ou dúvidas (malditas dúvidas),
No nosso gosto pelo inverno…
Somos dois,
E confesso que isso me preocupa e me fascina.
Até quando dois?
Discordaremos até em nós?
Por que não um?
Encontrei em você meu mundo de ponta-cabeça,
Mas era o meu mundo,
O meu jeito,
O meu reflexo,
E um presente.
Que me veio sem um laço na cabeça,
Mas que é lindo como tal.
E aconteceu. Malditas borboletas.
Quer um pouco?
E como foi deliciosamente difícil admitir,
Com todas as nossas letras, vírgulas e travessões.
Admiti, também, que adoro o castanho dos seus olhos,
Suas mãos,
Teu sorriso largo e suas presas,
Tua presença,
Tua preguiça.
Meu presente que jamais encontrei no passado,
E, por Deus, como não imaginar em meu futuro.
Você, que chegou com todas as letras,
De mansinho...
E fez bagunça,
Balançou, sem saber da brincadeira,
E agora corre,
Pois os dias de inverno ainda não chegaram,
E o meu calor te queima como brasa,
Me cansa,
E não nos deixa dançar aquela canção,
Por isso, leia a nossa história naquele velho romance da prateleira de casa,
E ame o meu silêncio,
Com as batidas do seu coração.



Salve, Berga na área.
Gostaram? Agosto, à seu gosto.
É o mês do cachorro louco. ;)
Bjs e até a próxima.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Batatinha quando nasce espalha rama pelo chão




Leia ao som de The Wanted - "We Own The Night"


Eu com os meus 10 mangos, ou putos, no bolso, resolvi tomar uma béra ali na esquina.
Txapela, eu e ela.
Ar livre, calor, ali fora mesmo.
Ela olhou pra mim e falou:
__ Naquelas poltronas.
__ Sim.
__ A azul é minha.
__ Eu queria uma dessas no meu quarto.
Risos.
Política. O princípe. Lula. Ela ficou com raiva do seu primeiro mandato. Não lembro o porque.
Chopp Heineken e batata frita, tipo caseira. Hummmmm coisa boa. Dá pra melhorar? Sim. Põe catchup e maionese, claro, com um molhinho de pimenta.
Bacana.
Símbolo do Barcelona na parede e um lagarto colorido. Lagarto? Que lagarto o quê?
__ Deve ser legal mesmo ser um passarinho.
__ Pra poder voar?
__ Voar...
(Silêncio longo)
TAM, Azul, Gol. De novo olho pro símbolo do Barça.
Tudo ao som de uma música que nunca ouvi na vida, mas umas das faixa, lembro bem, falava de Van Gogh.
Meio copo! Ah beleza, o óculos dela é vermelho, lindo, eu curti.
__ Vamos embora?
__ Tá na hora da "escola" né?
Balanço a cabeça afirmando.
Deixa o Gastão Lima na parede e parte pro Pinhais.
Unicenp, tô chegando.
Ela lê, um livro de cinema.
Pagar.
Que joia, Dom Quixote do lado do Saci.
Quanto custa?
Divide por 2.
Eu e ela vamos pagar.


(Escrita em um dia qualquer, de 2011).

Salve moçada, espero que tenham gostado.
Super beijo pra vocês. Até a próxima.
Berga.


quinta-feira, 1 de maio de 2014

Hoje é dia


Leia ao som de Patrick Watson feat. Cinematic Orchestra - "To Build a Home"


Hoje é dia.
Hoje é dia de mostrar a cara,
Mostrar fraqueza, botar todo o sentimento pra fora.
Hoje é dia de usar o pijama listrado e não tirar a maquiagem.
Porque as vezes é preciso sentir-se meio panda para lembrar.
Aliás, hoje é dia de lembrar.
De olhar depois para o velho relógio atrasado.
De escutar Lobão na vitrola, comendo uma boa caixa de BIS;
Mas hoje também é dia de silêncio,
Dentro de mim.
Hoje é dia de arrumar as malas para ir a lugar algum.
De partir para a terra do nunca com os fantasmas que carrego.
Hoje é dia de lágrimas teimosas.
De aperto, feito nó, desses que a gente não desata.
Não acredita, não vê.
Hoje é dia de sentir,
Coisas que não posso explicar
Que eu não quero explicar
Que se auto explicam pro meu ego,
Pra esse coração que bate.
Hoje é dia de simplesmente pensar.
Rasgar páginas de um roteiro mal interpretado
Afinal,
Hoje nada pode estar descrito num papel, Pois eu estou aqui.
Sem interpretar, sem personagem.
Hoje é dia de final,
Da última rima escrita por um coração.
Hoje é dia das entrelinhas, que apenas eu sei, chorarem por mim.



Bjks queridos.
Espero que tenham gostado do texto.
Até breve,
Berga

quarta-feira, 19 de março de 2014

Tecnologicamente demodê


Leia ao som de Sara Bareilles - "I Choose You"



Porque eu ainda gosto de ver aquele seu sorriso largo, jogado de lado, mesmo que pelo Skype.

Gosto das suas declarações exageradas, esporádicas, eternas por hoje, ainda que sejam em nossas páginas do Facebook.

Acredito que um "estou pensando em você" fique bem bonitinho em um tweet, e ainda restem 118 caracteres para você colocar o link da nossa música favorita.

Se você não está aqui, aquele seu "bom dia", preguiçoso, pode vir pelo WhatsApp. Vou saber como está o seu humor só pela forma como você dispõe os bichinhos que mais gosta.

Sou tecnologicamente demodê, pois quero o ontem e o hoje, agora, simples assim. Quero teu cheiro e o link da loja em que você compra seu perfume doce. Quero olhar de 3 em 3 minutos para a foto que coloquei em seu contato, mas é claro que irei rever todas aquelas que tiramos juntos em todos os dias de sol.

Sou tecnologicamente demodê, pois preciso expressar-me, e, sim, precisa ser à moda antiga, ainda que num telefonema de 3 horas seguidas.

Sou tecnologicamente demodê, pois escrevo todas as minhas cartas e declarações numa folha de papel e depois digito no meu MacBook. Leio pra você em silêncio. Uma, duas..., vinte vezes, até imitar a sua voz sussurada no meu ouvido. É nesse momento que me entrego... Que quero sua voz, suas músicas e mensagens, seu sorriso e essa carta sincera no meu e-mail, amanhã de manhã.

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É isso moçada, espero que tenham gostado do texto.
Nos vemos qualquer hora.
Bjs da Berga.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Eu espero por um milagre.


Leia ao som de Kings of Leon - "Sex on Fire" 


Eu não deveria esperar por isso, mas aqui dentro, onde guardamos nossos maiores
segredos, eu espero.

Gostaria que fosse diferente. Igual, mas diferente. Entende?

Gostaria que o seu destino não fosse esse. Gostaria que você fosse o que fosse, mas sem ser o que é agora. Nem de longe.

Eu espero por um milagre sonhando que você me queime com o seu fogo. O fogo que não arde a minha pele, não dói. Vem que eu vou fazer você esquecer quem você é. Vem que eu posso fazer você ser o que nunca imaginou ser, bom. Não posso.

Eu queria ver o milagre acontecer, para só então acreditar que tudo isso é verdade. Só assim eu poderia gritar para o mundo o quanto foi bom... Você.

Esse segredo que corrói o meu silêncio. Que me faz querer e não poder dividir. Ninguém compreenderia. Nós somos o impossível. Já sabíamos disso, então por que estamos aqui?

Eu espero pelo milagre para, então, fingir não existir a escuridão. O seu lado escuro que eu temo. Apesar de não consigo ver isso em seus olhos. Eu vejo o milagre no seu sorriso branco e sincero.

Eu poderia acreditar em um milagre? Será que vamos nos queimar? São intensas as palavras agora. Um dia elas se calaram para dar razão aos lábios, aos sorrisos e, de novo, ao seu olhar. Olhar que eu não vê a escuridão existente. Contudo, existe o perigo e eu não consigo sentir. É intenso o nosso desejo agora. Eu temi o perigo, mas você me disse para não ter medo. Tive medo, mas confiei. Não deveria, mas eu confiei. Onde vamos com tudo isso? Até onde eu posso conhecer o perigo? Você sabe que não podemos ir longe, então por que você está me levando? Devemos insistir? Vamos pedir para que tudo mude a partir de agora? Você quer? Não. Existe luz na sua escuridão?

Eu espero por esse milagre. Eu temo pelo dia em que eles irão silenciar sua fala. Eu temo pelas manchetes dos jornais. Eu temo que a sua própria escuridão te engula sem piedade. Eu temo pelo dia em que não o sentirei no meu mundo. Não existe piedade no seu destino. Não existe milagre.

Eu gostaria de ver um milagre.



Salve salve galera, mês de fevereiro com surpresas legais.
Ganhei esse texto da bloglueira Neytiri, espero que tenham gostado. Assim como eu gostei bastante. =)
E o outro texto desse mês? Já leu? Se não, leia! Conversa de Botequim. É só clicar.

Beijocas, e até a próxima.
Berga

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Conversa de Botequim


Leia ao som de Cartola (Inst.) / Interpretação Duarte Veloso e Jelber Oliveira - "Peito Vazio"


__E de repente uma lágrima. Foi assim, rolou. 
__Mas rolou o quê? 
__A lágrima oras! 
__Ah tá.
__Ok, rolou sentimento, e na lágrima tudo o que ele significou.
__Entendi.
__Rolou um filme na minha cabeça, um drama da década de 50. Mas a mocinha não era tão careta e nem o mocinho voltou atrás no final. 
__Mas já chegou ao fim?
__Depende de que lado você esteja falando.
__Lado? Que negócio quadrado.
__Não gostou da história? Ainda não terminei.
__Ahhh, é que, sei lá. Posso te falar meu ponto de vista?
__Se for fazer piada eu vou embora.
__Não, fica!
__Adoro a forma como você usa suas vírgulas.
__Sabe, depois de um certo tempo aprendi a viver comigo mesmo. Fechando as portas para os fantasmas do passado. Olhando só pra frente, e de braços abertos para o que eu quisesse. Sem dramas, de década nenhuma, sem amarras. Livre. Pra contar histórias, pra olhar pra mim mesmo, pra me explorar.
__Quantas voce já tomou?
__Você prefere contar cervejas ou histórias? 
__Ok, ok. Mais uma?
__Sabe, aprendi que AMOR se escreve com letra maiúscula, porque se berra, sente, doa, crê, ama. Mas amor precisa ser assim, porque do contrário não passa de "lados", sabe? O meu ou o da outra pessoa. Amor em nenhum momento pode ser quadrado. Acredito que amor é uma reta, uma via, saindo de mim, pra melhor exemplificar, é uma "infinita highway". É vida que se escorre por palavras, é o que você espera, ou melhor, faz para acontecer. É futuro. Se o que você sente são lágrimas, desculpa, mas, pra mim, não é amor. É apenas uma conversa de botequim: gostosa, extremamente necessária, cheia de risos e pensamentos soltos, ou nem tanto assim, faz rir, pensar, beber, dá saudade, vontade de contar pra todo mundo, vontade de voltar pra outra rodada, mas nunca vai ter o "para sempre", e alguém, minha amiga, sempre pagará a conta.
(longo silêncio)
__Bolinho de carne?
__Por favor, e uma Original.


Salve moçada, mês de Fevereiro chega chegando. Mês especial, mês do meu aniversário (12/02).
Por isso vai ser um mês recheado de surpresas no blog. Aguardem...
Espero que tenham gostado do texto.
Bjks da Berga, até a próxima.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Destino, destino meu.


Leia ao som Bo Bruce - "Black Ice"  



Sempre caminhei de mãos dadas com meu destino.
Éramos eu e ele. Ele e eu.
Bastava pra mim.
Andei por lugares escuros, frios, mas aprendi que andar na chuva poderia ser uma deliciosa terapia. Poderia ser a vida em poesia e eu fui.
Aprendi com o destino que as ruas mais desertas são as mais propícias para uma canção, ou declarações e amores, desde os mais silenciosos aos mais Cazuzas.
Mas como dizem, o destino costuma pregar peças a nós mortais, e um dia eu não pude escapar do que estava preparado pra mim.
Eu, tão sozinha, tão minha, confortável e segura me deparava com você.
Que espetáculo de você.
Tão complexo, tão em minhas mãos, tão metade do que faltava em mim mesma e que eu mal poderia imaginar.
Não sei se éramos dois, não sei porque minhas mãos se entrelaçavam tão bem às suas, não sei como o meu corpo se acostumou tão bem ao teu. Só sabia que eu estava ali, ouvindo nas vozes do seu coração, o que berrava dentro do meu peito.
Éramos razão e entrega.
Eu e você.
Éramos o segredo dos teus olhos no brilho dos meus.
Éramos madrugadas, no plural. Éramos plural. O desejo. A carne. A alma calma. E eu, que achava a vida tão completa, fechada para o nós, deparava-me com você. Você que me fez sonhar, esquecer, esperar. Que como dizia o poeta: "(...) que me fez feliz, que me fez amar...". Você que, pela primeira vez, me trouxe o medo. Medo de mim, do desejo que acaba, do fim que domina e da lágrima que rola depois do "até nunca mais" sussurado na batida de porta pela última vez.


Post dedicado ao meu colega Daniel Bovolento que, para quem não conhece, tem um site maravilhoso chamado "Entre todas as coisas". Confere lá. ;)

É isso moçada. Espero que tenham gostado. =)
Bjo grande da Berga.
Até qualquer hora.