Leia ao som de Sum 41 - "Crash"
Eu quis voltar para onde sempre estive, e de onde jamais deveria ter saído, porém me deparei com o tempo à minha frente. Dias corridos, lágrimas caídas e você atrás de um muro de interrogações. Por quê? E por quês?
Eu tive o sonho, a verdade, o delírio e a imaginação juntos em seus olhos e eu me perdi. Eu me perdi e me reencontrei em suas mãos. Em seu sussurro, nas batidas do seu coração. Bravaram-se os ventos do Sul, mas nada, absolutamente nada, me abalaria, pois eu segurava em suas mãos e caminhava sobre os seus pés. Você era o equilíbrio do certo com o completamente errado. A atitude de um homem em um sorriso de moleque chamando por mim. E eu realmente não vi isso a tempo. Julguei, errei, pequei contra aquilo que gritava no meu peito e no seu. E agora? como será o dia de amanhã? Como serão os dias depois de amanhã? E depois? E depois?
Onde estará você para me ensinar a caminhar sobre areia movediça? Onde será o meu refúgio quando eu quiser me encontrar comigo mesma? Onde consigo um pouco mais de sua atenção para guiar meus olhos na longa estrada em que, juntos, percorríamos a noite?
O tic tac, ensurdecedor, do relógio faz estalar meus ouvidos como em um pesadelo de horas sem fim. Como saberei a hora de voltar? Se ao menos eu tivesse o seu palpitar aqui comigo. Se ao menos eu tivesse o teu acorde e todas as suas melodias. Eu e você chegaríamos onde quer que quiséssemos. Ah sim, chegaríamos, pois hoje a única coisa que nos separa baby, é uma grande canção que você ouve por hobby. Bobagem.
Os dias passam. Cada vez mais cheios de uma saudade não vivida, de verdades não ditas e de insanidades que atormentam meu sono.
Sabe aquele portão? Tire-o do chão e venha até mim. Você só precisa me encontrar, e eu te garanto, eu estou pronta para estar aqui. Mas segure meu coração, de verdade, porque certa ou errada eu sempre estive aqui. Eu jamais esqueci os nossos dias de chuva e sol.
Oh Deus, ajuda-me pois já não sei para onde ir. O que fazer, ou como agir. Tudo parecia tão irracional, a princípio, que deixei a razão no controle. Eu tive medo. Mesmo ao seu lado, confesso, eu tive medo das promessas vagas que fazíamos, e como uma criança assustada eu corri para bem longe.
Se puder, devolva minhas mágicas madrugadas. Devolva meu desejo, meu sorriso largo de te ver chegar. E leva pra ti a minha certeza, a minha saudade que tanto machuca, a minha falta de você.
Fico agora presa ao último fio de esperança que vi em um dia qualquer em nossas entrelinhas, abraço-me ao passado para tentar reviver o nós que chama o presente, que tornou-se o meu presente. Olhe, sinta, ouça. Sou eu, em silêncio, que murmura teu nome, que respira você e que daria o mundo para voltar apenas uma vez no tempo e repetir aquele nós. Tão seu, tão meu, tão nosso.
Mês do cachorro louco é assim.
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Abraços da Berga.
Até mais.