terça-feira, 21 de agosto de 2012

Um autor e meia dúzia de palavras quaisquer


Leia ao som de Sum 41 - "Crash"


Eu quis voltar para onde sempre estive, e de onde jamais deveria ter saído, porém me deparei com o tempo à minha frente. Dias corridos, lágrimas caídas e você atrás de um muro de interrogações. Por quê? E por quês?
Eu tive o sonho, a verdade, o delírio e a imaginação juntos em seus olhos e eu me perdi. Eu me perdi e me reencontrei em suas mãos. Em seu sussurro, nas batidas do seu coração. Bravaram-se os ventos do Sul, mas nada, absolutamente nada, me abalaria, pois eu segurava em suas mãos e caminhava sobre os seus pés. Você era o equilíbrio do certo com o completamente errado. A atitude de um homem em um sorriso de moleque chamando por mim. E eu realmente não vi isso a tempo. Julguei, errei, pequei contra aquilo que gritava no meu peito e no seu. E agora? como será o dia de amanhã? Como serão os dias depois de amanhã? E depois? E depois?
Onde estará você para me ensinar a caminhar sobre areia movediça? Onde será o meu refúgio quando eu quiser me encontrar comigo mesma? Onde consigo um pouco mais de sua atenção para guiar meus olhos na longa estrada em que, juntos, percorríamos a noite?
O tic tac, ensurdecedor, do relógio faz estalar meus ouvidos como em um pesadelo de horas sem fim. Como saberei a hora de voltar? Se ao menos eu tivesse o seu palpitar aqui comigo. Se ao menos eu tivesse o teu acorde e todas as suas melodias. Eu e você chegaríamos onde quer que quiséssemos. Ah sim, chegaríamos, pois hoje a única coisa que nos separa baby, é uma grande canção que você ouve por hobby. Bobagem.
Os dias passam. Cada vez mais cheios de uma saudade não vivida, de verdades não ditas e de insanidades que atormentam meu sono.
Sabe aquele portão? Tire-o do chão e venha até mim. Você só precisa me encontrar, e eu te garanto, eu estou pronta para estar aqui. Mas segure meu coração, de verdade, porque certa ou errada eu sempre estive aqui. Eu jamais esqueci os nossos dias de chuva e sol.
Oh Deus, ajuda-me pois já não sei para onde ir. O que fazer, ou como agir. Tudo parecia tão irracional, a princípio, que deixei a razão no controle. Eu tive medo. Mesmo ao seu lado, confesso, eu tive medo das promessas vagas que fazíamos, e como uma criança assustada eu corri para bem longe.
Se puder, devolva minhas mágicas madrugadas. Devolva meu desejo, meu sorriso largo de te ver chegar. E leva pra ti a minha certeza, a minha saudade que tanto machuca, a minha falta de você.
Fico agora presa ao último fio de esperança que vi em um dia qualquer em nossas entrelinhas, abraço-me ao passado para tentar reviver o nós que chama o presente, que tornou-se o meu presente. Olhe, sinta, ouça. Sou eu, em silêncio, que murmura teu nome, que respira você e que daria o mundo para voltar apenas uma vez no tempo e repetir aquele nós. Tão seu, tão meu, tão nosso.


Mês do cachorro louco é assim.
Tem até mais de uma postagem. Não leu o último post? Confira aqui.
Abraços da Berga.
Até mais.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Vamos pedir GENTILEZA. Senhor, gentileza.

Olá queridos, como vocês estão? Mês de agosto na área, mês do cachorro louco - como eu já mencionei aqui no blog (Clique aqui para ler o post antigo). Eu e a Natália ainda não criamos o blog "pérolas do transporte público de Curitiba", mas nem por isso não temos histórias para contar. Nessa correria de andar de ônibus pra lá e pra cá, comecei a observar o comportamento das pessoas dentro dos "coletivos" rs que eu pego, e acreditem, a breve análise que qualquer pessoa pode fazer é um absurdo. Um dia, eu estava quase esmagada dentro do "Falcão prateado", bolsa no ombro, sacola na mão, livro no braço e NINGUÉM, absolutamente ninguém me lançou sequer um olhar de "posso te ajudar?". Nessa hora eu pensei, "pessoas, gentileza não dói, não deixa mais gordo ou mais magro, não dá celulite e o mais incrível, não custa nada". Parece muito choro pra pouca coisa da minha parte? Pode ser, mas nesse dia fiquei de cara e passei a observar ainda mais os detalhes. Idosos que são desrespeitados por gente de todo tipo. Pessoas que na hora de entrar em um ônibus mais se parecem com a infantaria de qualquer exército. "Manos" que ainda insistem em não usar um fone, enquanto escutam suas músicas favoritas. Esses dias foi pior, teve uma pessoa que teve a capacidade de colocar a conversa no viva voz. ¬¬
Eu fico p* da vida com esse tipo de situação, desculpem-me, mas eu fico. Seja nos ônibus, nas calçadas, no trânsito as pessoas parecem estar esquecidas da nobre gentileza. Custa jogar o lixo no lugar certo? levar a bandeja até o lugar apropriado?, ajudar uma senhorinha a carregar as sacolas?. Custa dar um sorriso? Dizer bom dia ao motorista/cobrador (ok, somos curitibanos, não gostamos muito de papo, mas um "bom dia" é tão pouco - depois você pode se enclausurar no seu mundinho de volta, sem problemas rsrs).
"Gentileza gera gentileza". Eu, sinceramente, acredito nisso. Então será que algumas pessoas nunca ouviram falar nessa frase?, ou simplesmente acreditam em um outro sentido pra ela? "gentileza gera gente folgada". Bom, talvez sim, mas eu prefiro acreditar que não, mas nesse ponto podemos começar muitas outras discussões. Porém, deixemos para um outro post. ;)
Sei que mudar o mundo talvez seja um pouco difícil, mas vamos tentar mudar um pouquinho de nós mesmo a cada dia, vamos observar, vamos praticar o bem comum, a gentileza. Eu posso, você pode, todos podem, basta querermos. Basta fazermos.

Bom, gostaria de dividir meus pensamentos e é claro que não poderia esquecer dos meus gentis leitores. =)

Deixo vocês com o nosso saudoso Cazuza.
Escutei o Blues da Piedade pensando neste post. Para todos uma filosofia, gentil.
Um beijo da Berga pra vocês.
Até a próxima.